O maior museu de astronomia do mundo está sendo inaugurado em Xangai, e sua forma curvilínea complexa foi projetada para refletir a geometria do cosmos.
Sem linhas retas ou ângulos retos, a estrutura é formada por três arcos sobrepostos que aludem às órbitas dos corpos celestes. Inaugurado na sexta-feira (9), o Museu de Astronomia de Xangai com 40.000 metros quadrados – uma filial do Museu de Ciência e Tecnologia de Xangai – abrigará exposições, um planetário, um observatório e um telescópio solar de 24 metros de altura. Foi concebido pela empresa norte-americana Ennead Architects, que em 2014 ganhou um concurso internacional para projetar o edifício.
“Nós realmente pensamos que poderíamos alavancar a arquitetura para trazer um impacto incrível a toda essa experiência”, disse o designer-chefe e sócio Thomas J. Wong em uma entrevista em vídeo. “O edifício pretende ser a personificação da arquitetura inspirada astronomicamente.” Ao abrir mão de paredes retas em favor de linhas de arco, Wong e sua equipe esperavam mostrar que tudo no universo está em movimento constante e governado por uma série de forças.
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De acordo com Wong, eles também foram influenciados pelo “problema dos três corpos”, a questão ainda não resolvida de como calcular matematicamente o movimento de três entidades celestes – como planetas, luas ou estrelas – com base em suas relações gravitacionais um para o outro. Embora esse cálculo possa ser realizado com dois corpos celestes, os caminhos se tornam caóticos e imprevisíveis com três.
“A razão pela qual pensamos que o problema dos três corpos era interessante é porque é um conjunto complexo de órbitas”, explicou Wong. “(São) relações que são dinâmicas, em oposição a um simples círculo ao redor do centro. E isso fazia parte da intenção (do design) – capturar essa complexidade.”
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No projeto de Wong, o enigma cósmico se traduz em três formas de arco: um óculo, esfera e cúpula invertida, referenciando o sol, a lua e as estrelas, respectivamente. Cada um abriga uma importante atração para o visitante ou função de design. Os visitantes encontram pela primeira vez o óculo, que se abre acima da entrada principal do museu. Ele atua como um relógio, produzindo um círculo de luz do sol que se espalha pelo chão ao longo do dia, indicando a hora e a estação.
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